As leis de Goodhard e de Campbell são princípios alertando sobre consequências indesejadas do uso de indicadores.
Lei de Goodhart [1]:
- "Quando a medida se torna o alvo, ela deixa de ser uma boa medida."
Lei de Campbell [2]:
- "Quanto mais um indicador for usado para tomada de decisões, mais ele será sujeito a pressões de corrupção e mais apto a ser distorcer e corromper os processos sociais que é usado para monitorar."
A ideia é que uma vez que um indicador passa a ser usado como substituto da coisa que ele pretende medir, o meio social se adapta para maximizar o indicador de forma eficiente, e muito frequentemente distorcendo e evitando processos desejáveis daquilo que se pretendia que fosse melhorado / controlado.
Algumas maneiras de atenuar este processo são utilizar várias medidas diferentes (de preferência independentes e pouco correlacionadas), e periodicamente fazer medições e análises mais completas e profundas de a fim de aferir se os indicadores se correlacionam bem a medidas mais abrangentes e completas.
Exemplos[]
- Escolas voltadas para passar no vestibular, em vez de ensinar e educar de forma mais abrangente.
- Alunos bons em fazer provas, em vez de bons em aprender, estudar, entender e raciocinar.
- Preocupação excessiva com sinalização social, em vez de com desenvolver as qualidades que se sinaliza.
- Projetos populistas e obras faraônicas em vez de políticas e investimentos nas áreas mais urgentes e estratégicas.
- Falsificação de dados.
- Importância exagerada de certificações e credenciais na seleção de empregados.
Porque são importantes[]
Porque indicadores são usados para estimar e inferir muitas qualidades e propriedades que não podem ser medidas diretamente, tanto no nível individual como social: conhecimento, inteligência, saúde, sucesso, risco, produtividade, desenvolvimento econômico, justiça social, etc. E o uso dominante de um único padrão de medida pode se tornar contra-produtivo e gerar incentivos perversos.
Veja também[]
- Indicador
- Incentivos perversos